
Hostil é por vezes o mundo das palavras ... jogadas ao vento sem razão nem porquê ... ferem-nos os Corações e escurecem-nos as Almas ... caímos no chão em corpos erguidos ... feridos sangrando ... e ainda! Olhares odiosos atingem-nos a nuca, perseguem-nos pela calçada com mais funestas palavras e desgraçados insultos, caiem-nos indelevelmente nos corpos sem por isso nos darmos conta, mas ficam, ficam para sempre, por mais simples que palavras sejam! Que nos resta senão arrostar e continuar a caminhar!Mas de que pobres texturas são feitas estas criaturas, que falam por insultos e cospem os seus medos profundos ... que amedrontam ao mesmo tempo que veneram aqueles que se amam? De medos e turbilhões são feitos os seus íntimos desejos ... pobres delas que vivem prisioneiras das suas próprias angústias, acorrentadas nas suas próprias palavras ... que cospem na sua própria liberdade de ser e de sentir!Mas foram apenas palavras ... nem sempre assim o é ... nem sempre se trata de meras palavras ... nem sempre caimos no chão de corpos erguidos ... e nem sempre estes corpos mostram forças de se erguer. Falo-vos de terrores que ocorrem nos abismos da violência onde o reino da ignorância ganha voz pelos silêncios de recantos cobardes, recantos fracos, recantos sujos, mas não deixam de ser recantos que existem afrontando a igualdade, a liberdade de ser e sentir ... de amar e ser amado!Sejamos paladinos nesta luta contra o silêncio sujo, fraco e cobarde destes e de outros recantos.
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